quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Logorama

(Logorama; FRA/EUA, 2009)
Dir.: François Alaux, Hervé de Crécy, Ludovic Houplain
16min - Animação/Ação/Aventura





Atrasado, eu sei.

Mas só fui assitir à beleza, que é, Logorama, ontem a noite.

O mesmo Logorama, que ganhou o Oscar de melhor curta de animação no ano passado.

Que recria um mundo corporativo, onde tudo - e tudo mesmo - é feito com logos de empresas reais

Que, dependendo do momento do filme, aparecem propositalmente.

Ou sempre propositalmente?

Não posso dizer com clareza, mas uma gigantesca salva de palmas aos profissionais envolvidos nesta empolgante produção

Que faz de um vilão, um ícone do fast-food.

Dos mocinhos, marcas de pneus.

Das perseguições vertiginosas de carros, trocas de tiros emocionantes em meio ao caos da poluição visual.

Poluição que já vivemos. Em um mundo... Dominados por cores comerciais e logomarcas.

Terei eu, sucumbido...

À resolução do filme, perfeita?

Ao argumento excelente?

E à vontade de assistir novamente, esta noite...

(Nota 10,0)

Abertura do filme:

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mary & Max, Uma Amizade Diferente

(Mary and Max; Australia, 2010)
Dir.: Adam Elliot
Com as Vozes de Toni Collette, Phillip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries
1h38min - Animação/Drama




Tire as crianças da sala.

Separe uma caixa de lenços.

Sente para assistir uma animação.

Poderia ser um Disney/Pixar, com maravilhosos recursos gráficos, cores mirabolantes e beleza visual. Mas não é.

É quase um cru. Poucos tons, quando não, preto e branco.

É a história de uma amizade improvável. E me recuso a dizer que utiliza-se de clichês (mesmo podendo encontrar alguns), pois aqui falamos de um filme inspirado em uma história real, a qual adoraria conhecer assim que possível.

"De onde vêm os bebês?"

Essencial para quem gosta de cinema, de um bom filme, ou para quem deseja simpesmente se entreter em uma tarde chuvosa conta a história da garotinha Mary, que em meio aos seus poucos anos e cheia de curiosidades de um mundo que ainda mal conhece, se corresponde com um estranho, encontrado aleatoriamente em uma lista telefônica - Max, um quase senhor Nova-Iorquino, que sofre de Sindrome de Asperger.

A escolha do diretor por um visual caricato do mundo (como se visto por personagens que veem o mundo de forma imperfeita) hora no p&b de um senhor sem grandes aspirações, hora no semi-colorido - e que está prestes a ganhar novas cores - de uma menina curiosa, é a grande sacada desta animação stop-motion (personagens feitos com "massinha").

E é claro, creio que é irrevlevante dizer que conseguir exprimir atuação de bonecos de massinha, é algo assustador (no bom sentido).

Emocionante, sincero e muito bem feito. Já em vídeo. Vale a pena disputar as pouca cópias que existem.

O meu 2011 cinematográfico, começou em grande estilo.

Mesmo com um filme lançado aqui em 2010.

(Nota 10)