quinta-feira, 15 de julho de 2010

Bom filme ruim: Daylight

(EUA, 1996)
Dir.: Rob Cohen
Com Sylvester Stallone, Amy Brenneman, Jay O. Sanders, Viggo Mortensen
1h55 min - Ação


Caminhão de produtos químicos sofre acidente dentro do Túnel do Rio Hudson, em Nova York.

Este desabava, lacrando as duas saídas e prendendo os sobreviventes em meio ao fogo que consumiu boa parte dos veículos e a iminente inundação da água ao redor.

Lá dentro, os clichês: A Mocinha, Guarda de trânsito, com uma amada do lado de fora, a família que precisa ser reunida, os idosos, o besta metido a herói, o bandido, o cachorro.

Chama-se uma equipe qualificada de resgate?

Não.

O herói do dia é Sylvester Stallone.


Um ex-bombeiro que hoje trabalha como motorista particular. Que se afastou do serviço original por conta de uma experiência traumática e suas consequentes polêmicas.

Ele entra (sozinho) pelo complexo e perigoso sistema de ventilação, numa sequencia toscamente bem-feita, supera os próprios medos e enfrenta a desconfiança dos sobreviventes, que como manda a cartilha vai morrendo um a um, conforme o sacrifício e o roteiro pedem.

Aquelas mortes contadas. Quando acontece o problema, você sabe o que vai acontecer e quem vai pra "cucuia".

Mas o que faz de Daylight, um bom filme ruim? O filme tenta se levar a sério (mesmo), mas sabe que no fundo, jamais passará de ser aquela diversão despretensiosa com atos heróicos, frases batidas e doses moderadas de sofrimento raso. Ou seja...

Um filme-catástrofe, até o último centrímetro de celulóide. Com orgulho.

O tosco-feliz. Sem medo de dar vexame e que ri dos próprios defeitos. E você, espectador, ri dos defeitos deles.

E além da última frase, cafona em cada serifa de letra no roteiro, no fim das contas, você deu umas risadas de situações ridículas, continuará achando o Stallone um ator de filmes forçados e de roteiros toscos e se comprar a ideia do filme irá jurar jamais pegar um túnel novamente ou rever Daylight.

Mesmo sabendo que as duas afirmações são completamente mentirosas.