sábado, 21 de março de 2009

Remakes



Nada contra. Uma vez disseram que tudo na vida é cíclico. Tudo. E essa frase me atazanou por um tempo. Seria o cinema, também, cíclico?

Sim. É cíclico. Mas no cinema, não chamamos de ciclo, chamamos de remakes.

E quando falamos a palavra "remakes", dividimos em três categorias: As homenagens (onde a idéia inicial é trazer toda o conceito do filme original para os dias de hoje), as releituras (pensando numa nova "roupagem" para o filme, emprestando apenas a temática para injetar novas caras e tal..) e as refilmagens americanas, que após se renderem por um filme estrangeiro (para eles) resolvem fazer a versão vermelha azul e branca do original. Nada contra.

Sinceramente? Não gosto de nenhuma das idéias. Geralmente rendem filmes aquém do esperado com atuações presas dos personagens principais. Pensando alto: Um ator faz uma performance memorável. Décadas depois, o remake. O ator que interpretará a nova versão deste personagem, com certeza assiste o material original. E por toda a filmagem, ele terá esta interpretação na cabeça, além é claro, da pressão de fãs do original, as cabeças que jamais admitirão que a performance original será melhorada...

Tudo em um remake vive à sombra do filme original. Tudo será comparado. Tudo será analisado e então julgado se foi superior ou inferior. Talvez este tenha sido o motivo de Gus Van Sant cometer a refilmagem de Psicose. Copiar quadro a quadro, inserindo pouquíssimas idéias novas (além é laro, do elenco) para uma história clássica. 10 anos depois de lançado, quem levantar a mão e disser que Van Sant melhorou a obra de Hitchcock, pode ser fuzilado...

Neste momento em Hollywood, muitas refilmagens já estão encaminhadas. Dos três tipos. A que mais levanta suspeitas de uma catástrofe é a versão americana do neo-clássico Sul-Coreano "Oldboy", que por hora terá a direção a cargo de Steven Spielberg (o que na maioria das vezes anima) e o personagem principal interpretado por Will Smith. O que? Sim, Will Smith... Em termos de bilheteria, será a união de dois dos nomes mais lucrativos do cinema mundial. Resta saber agora se a crítica correrá ao lado do público, ou se a dobradinha renderá mais um fracasso de opiniões para Smith, que emplacou dois desastres (rentáveis) consecutivos.

E assim segue o cinemão. Vivendo de algumas pérolas novas, mas entre muita gente boa que está trabalhando hoje, ainda tem gente pensando em novas versões. Nada contra. Afinal de contas, tudo na vida é cíclico, certo?

E você, caro leitor? O que pensa dos remakes?

P.S.: Abaixo o trailer do Old Boy original (legendas em inglês).